quinta-feira, 7 de abril de 2016

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL - 18 DE MAIO 2016

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL - 18 DE MAIO 2016
TEMA EIXO: ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO.

“O velho mundo agoniza e o novo mundo tarda a nascer e,
nesse claro-escuro, irrompem os monstros”
A. Gramsci

O nosso percorrer as ruas em defesa da vida em liberdade no formato de “escola de samba” começou em 1997. O impasse entre o ser ou não ser um carnaval levou à solução de que esse evento é uma manifestação do pensamento livre e crítico sobre os desmandos do poder. Já naquele ano convocamos as pessoas para cantar e encantar BH e desde então encantar, desfilar, organizar, comemorar, batucar, encontrar, abraçar, resistir, inspirar, sonhar, apostar, enlaçar, denunciar, politizar, contextualizar, pensar, ousar, delirar e criar, viraram palavras da ação conjugadas por muitos no tempo passado, no presente do tempo e no futuro.
A Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tam Tam reafirma e sustenta o que traz em sua bandeira e não negocia os valores e princípios inscritos em seu nome. Por ser diversa da ditadura e das certezas prontas, por desvairar e ser livre, ela baliza, sustenta e aponta o colorido da vida produzido pela inventividade para revolucionar o morno acinzentado do cotidiano de uma cidade, de um serviço, de uma prática. Nesse Dezoito de Maio 2016 a Liberdade Ainda que Tam Tam traz o enredo “ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO” que convoca a leveza e o reposturamento ante a aridez desse tempo agora. Cada ala traz em sua proposta a reinvenção reflexiva sobre outros fazeres não tecnocratas...
Dito isso, a infância será o tempo do brincar, do experimentar, do criar e ser criança vaticina: “Não me prenda em seus trilhos....”. Outro ponto nessa construção é o convite à revisão das formas de tratar que não sustentam a radical idade do cuidar em liberdade e a frase que anuncia a necessidade de “mais serviços e menos grades” explicita a ética que nos orienta. Dando outro laço nessa tessitura aparece na afirmação de que desalienar é preciso e então revisitar a história para frear teorias e conceitos do tempo em que as luzes ofuscavam o saber da loucura sobre si mesma. Os desalienistas trabalham na criação de outras formas de linguagem para retomar o diálogo entre razão e loucura onde a ação de delirar a liberdade possa ser uma saída para passar a dor e para caber o amor em uma sociedade sem silencius.
A manifestação do Dezoito 2016 apresenta esse valente coletivo nesse ousado desfile diante dos curingas que assombram nossa sociedade, diante dos inimigos da liberdade no poder,
os “fantasmas de Gothan”. Nesta cena, Dom Quixote e os errantes enlaçam o nosso desejo de ocupar corajosamente a cena pública, as ruas e praças, nossos lugares de direito para um grito que expresse nossa indignação, nossa saudade nosso amor e compromisso de seguirmos em frente. Com a força da insígnia que nos anima a nossa homenagem ao doce, bárbaro e instigante guerreiro antimanicomial.
Por uma Sociedade sem manicômios!
Marcus Vinícius Presente, Agora e Sempre!

Este ano, a Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tan Tan evoluíra com as seguintes alas:

ALA 1 – OS DESALIENISTAS DA RESISTÊNCIA
Em 1881, o escritor brasileiro Machado de Assis publica o livro “O Alienista”. Tal livro nos conta a história de um médico, doutor Simão Bacamarte, que decidido a estudar profundamente a loucura, começa a trancar no hospício “Casa Verde” a maioria da população da pequena cidade de Itaguaí por não se enquadrar dentro da dita normalidade, dentro dos valores da ciência e da razão. Os diagnósticos do médico, bem como sua conduta causam espanto, medo e repúdio.
Cansados de tanto autoritarismo, esses cidadãos decidem fazer uma revolta contra os abusos do doutor que ainda consegue reverter a situação em seu favor e convencê-los, através de sua fala sempre complexa e apoiada em conceitos e teorias científicas, de que estava correto. Quando Simão Bacamarte percebe que a maior parte da cidade se encontrava internada no hospício Casa Verde, ele tranca a si mesmo para reunir em sua pessoa a teoria e prática nos estudos da loucura.
Machado de Assis, ao escrever esse livro, questiona os valores científicos do século passado que chegaram ao Brasil, ironiza a fala dos cientistas que, por vezes apenas repetem teorias e conceitos e crítica o desconhecimento da população diante da ciência e da loucura. O alienista de Machado de Assis é, portanto, um alienado, pois se deixou ofuscar pelas luzes do seu tempo. Os homens da ciência adotaram, muitas vezes, posturas exageradamente científicas, mas também demasiadamente desumanas. A história nos mostra que em nome da ciência e da razão a humanidade produziu grandes atrocidades como os experimentos com bebês nos campos de concentração alemães durante o nazismo e as bombas químicas nas Guerras do Vietnã. No Brasil, a racionalidade e a ciência também geraram tristes eventos que nos fazem envergonhar. A Casa Verde de Machado de Assis foi materializada nos diversos manicômios que retiraram e ainda retiram a liberdade de milhões de brasileiros ao longo da nossa história, como por exemplo o Hospital Colônia, em Barbacena e a Casa de Saúde Doutor Eiras, em Paracambi, no Rio de Janeiro.
No entanto, se por um lado houveram muitos alienistas mergulhados na teoria de que trancar era a suposta solução para a loucura, houveram, por outro lado, muitos desalienistas que praticando uma resistência ora silenciosa e ora ruidosa, construíram pouco a pouco a liberdade que tanto nos orgulha hoje. Não foram apenas Franco Basaglia, Cezar Rodrigues Campos, Marcus Vinicius Oliveira Silva, Nise da Silveira, que sonharam com a liberdade, mas milhares de mulheres e homens anônimos que, de modo tácito, forçaram
as grades do manicômio para que hoje possamos ter uma política de saúde mental baseada na liberdade e na dignidade do cidadão com sofrimento mental. Os serviços como os CERSAM/CAPS, Centros de Convivência, Consultório de Rua, SRTs, não nos lembram da Casa Verde de Simão Bacamarte, mas nos projetam em direção à delicadeza, beleza e alegria.
Porém, vemos nesse início de século que os alienistas batem à porta com novas roupas e novos discursos. O novo coordenador nacional de saúde mental é um desses alienistas que apenas repetem teorias, financiam novas Casas Verdes e desconsideram a autonomia do cidadão com sofrimento mental no seu tratamento. Resistir é preciso! Não mais aceitaremos falas, atitudes e condutas manicomiais na saúde. Nenhum passo atrás! Assim como a pequena cidade de Itaguaí se revoltou contra o Alienista e sua Casa Verde, nossa cidade também se organiza para resistir contra as atrocidades da ciência e sua arbitrariedade, contra os retrocessos que estão acontecendo na gestão municipal de BH. Mas, como nossa história não é fruto de uma ficção, não nos deixemos seduzir pelas falas rebuscadas da razão. A história dos desalienistas de ontem nos inspiram para a reação de hoje. Os desalienistas do século XXI estão há quase 4 meses ocupando o Ministério da Saúde, para que a palavra liberdade não seja apenas uma utopia. Os desalienistas de hoje (usuários e trabalhadores) fecharam o último hospital psiquiátrico conveniado com o SUS no dia 01/03/16, dando fim a mais um vestígio de manicômio em Belo Horizonte. Os desalienistas do nosso tempo estão nos serviços tecendo cotidianamente uma política alicerçada no cuidado. Nós, os desalienistas da resistência, faremos, no Dia da Luta Antimanicomial, um carnaval louco e livre!
ALA 2 – MINHA LOUCURA VEM DE BERCO: POR UMA SOCIEDADE SEM SILENCIUS
Acreditar na existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca
Nos bata o açoite contínuo da noite
Arrebentar a corrente que envolve o amanhã
Todo esse tempo foi igual a dormir no navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento...

A tradicional ala dos delírios no nosso Dezoito de Maio é esperada como o momento transbordante da manifestação e ao longo dos anos ela tem dado conta do que lhe é confiado: delirar ao vivo nas cores e efeitos propostos nas fantasias e adereços. Colocado o desafio, aceitamos a invenção para arriscar a expressão do genuíno, do singular na multidão de não iguais, diversidade da roda. Para ser o possível na diferença e viver a diferença em tempos de pasteurização para manter todos iguais, as perfeitas fotocópia estereotipada da vida, do pensamento, das vontades, do amor e das consciências.

Pensar o tempo das classificações sobrepostas onde não cabe o desejo e a humanidade expostos e a impossibilidade das curvas do diverso e do pensamento que se mantém detido dentro das caixas. Ao pensar fora da caixa afirmamos que fazer saúde não se resume a procedimentos e que a clínica se dá entre o ouvido e a palavra nas entrelinhas do óbvio, que ela está no sensível onde a técnica é apenas o suporte.
Aqui e em todo o desfile o convite à invenção, o convite ao palavrear traços em tons melódicos e a mergulhar em cores as sensações vividas para decifrar o sentido da experiência de existir.
Palavrear as flores, nomear as sombras para atravessar a poesia em versos que se dão no riso, no gesto, na dança da luta pela liberdade. Delirar é uma saída para passar a dor e para caber o amor. Delirar um mundo outro que se faça presente em cada medida justa, em cada escolha, em cada ato estético e em cada movimento que produza o novo e de novo outro movimento que ascenda nossa esperança.
Fantasias, samba, mestres e rainhas, princesas e baterias, adereços e estandartes são os suportes para a materialização de como se imagina o inimaginável.
ALA 3 – NÃO ME PRENDA EM SEUS TRILHOS QUE SOU PASSARINHO...
Nós passarinhos... Nem sempre é assim, muitas crianças e adolescentes estão engaioladas por normas, preconceitos e conceitos cujo foco é o controle de comportamento, a normatização do cotidiano, a medicalização da infância.
Estão presos também por terem cometido atos infracionais. Na maioria das vezes, atos de desespero, gritos de socorro. E não raro, são as vítimas do abandono, que não encontraram no mundo da infância um cantinho de afeto, um quarto de brinquedos.
Muitos também presos por encontrarem nas drogas, uma possibilidade de sonhar, de algum pertencimento ou alívio...
Talvez, por isso, uma Política para esse tempo passarinho. Uma Política para lhes instigar o vôo, do direito à infância, da busca de identidades e de afirmações no mundo. Uma Política de restituição da plumagem, que possibilite transformá-los em atores sociais e políticos, ocupantes de um lugar no mundo, capazes de dar expressão a seus desejos e escolhas.
Uma Política para que tenham plumas e cantos, para que se defrontem com o abismo e saibam voar, e para que produzam os amanhãs reinventando, sempre...
Por isso, é preciso combater os falsos propósitos de segurança, as tentativas de por a vida em trilhos, como se a proteção fosse o cercear-lhes a diversidade, as descobertas, as fantasias , a utopia.
Não interessa pássaro sem canto ou que cante a canção única incapaz de produzir algum alvorecer. Interessam o brilho e o vôo livre de cada um, cantos que auspiciam o amanhã, que façam história.
ALA 4 – MAIS SERVIÇOS PARA VOAR, MENOS GRADES PARA TRANCAR
Nada a temer senão o correr da luta...
Em contra ponto às escolhas dos sujeitos, que muitas vezes são rechaçadas e mal vistas pela sociedade, percebe-se a delicadeza tão bem trabalhada, bordada e tecida com mínimos detalhes pela rede de assistência aos usuários de álcool e outras drogas nos serviços substitutivos. “Por tanto amor” o cuidado é pensado de maneira individualizada, para cada pessoa. Mesmo com todos os percalços do caminho desta clínica, nossa oferta para o sujeito é a escuta acolhedora que poderá norteá-lo ao encontro de si mesmo, pois se “a vida me fez assim, doce ou atroz, manso ou feroz” podemos nos fazer o convite para pensarmos coletivamente sobre o que é possível de ser construído para que o sujeito tenha a possibilidade de escolha e ele seja o protagonista de sua história, assim como nos diz o poeta, que ele seja o “Eu, caçador de mim”.
Prender? Somente em canções entregue a paixões que nunca terão fim, vou me encontrar no meu lugar, onde os desejos dos sujeitos são respeitados, onde tenhamos menos grades para trancar e mais serviços para onde eu possa me encontrar dentro do meu lugar.
Infelizmente, neste momento temos a temer o retrocesso, mas este não será bem vindo pois “temos muito a fazer” para avançar em nossa luta antimanicomial, em defesa da reforma psiquiátrica, pois “Eles passarão.. Nós Passarinho”. Abriremos o peito com orgulho para levantar na avenida nossa bandeira da liberdade, dos avanços que tanto sonhamos, afinal somos um coletivo unido, alegre e capaz de fugir das armadilhas da mata escura para sustentar nosso desejo de construir uma cidade onde todos possam ter seu direito respeitado.
Longe? Já fomos... Mas queremos avançar cada vez mais. Sonhamos e lutamos demais, quando lá atrás decidimos que tratar em liberdade era necessário. A ousadia faz parte, por isso aflora nosso desejo de assim como os passarinhos voar além do horizonte, e dessa maneira descobrir “O que me faz sentir eu, caçador de mim”, a política de redução de danos é a nossa política, ética e estética que valoriza e empodera o sujeito para que ele possa sustentar o seu desejo e sua escolha de vida. E, em nome de tudo que defendemos, que acreditamos, não temeremos nunca a não ser “o correr da luta”! A resistência que sempre foi uma marca de nosso movimento, persiste e nos fortalece coletivamente em defesa da luta antimanicomial, da luta antiproibicionista, da reforma psiquiátrica e do sujeito deveres e direitos. Que a avenida receba nossa alegria e delicadeza de cada dia...
(Citações da Música “Caçador de Mim” de Milton Nascimento)


ALA 5 – DOM QUIXOTE DE LOS ERRANTES

O desejo latente de Chapolin Colorado: “E agora, quem poderá nos defender?” é evocado pela ala dos super­heróis no desfile do Dezoito de Maio de 2016. Passado como passarinhos em outrora, nas comemoracões da luta antimanicomial, a batalha nos últimos anos do idealizador Juliano “Batman” se desplatoniza e vira realidade­fantástica: “Todo mundo gosta de heróis! E em tempos de crise, o Brasil precisava de vários heróis” PRESENTES, ocupando
valente(mente) a cidade, a realidade e a imagem de nossa ação no Dezoito de Maio desse ano.

O brado retumbante de Juliano vem sustentado pela clava forte de seu Capitão Brasil e sua Pátria Amada, e claro o Batman, a Mulher Gato dentre o vasto imaginário de heróis que nos rodeia, Super­homens, Mulheres Maravilhas, arquétipos e deidades que cumprem animada(mente) o papel simbólico e performático de nossa luta. Nesse exército se juntam heróis de várias vertentes, desde emblemáticas figuras das histórias em quadrinhos, passando pelos conhecidos “loucos” da história, Vicent Van Gogh, Francisco Goya, Camille Claudel, Antonin Artaud, Bispo do Rosário, Estamira e os usuários dos serviços, como o Homem Verde do Barreiro, a outros heróis da nossa luta, trabalhadores que passaram, como Cezar Campos e Matraga e os passarinhos do cotidiano, como os técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, os monitores. Junto aos grandes pensadores Michael Foucault, Sigmund Freud, Franco Basaglia, Nise da Silveira... Dom Quixote! O grande louco da literatura, que fez de seus delírios, derivados de uma experiência estética, uma romântica e heróica errância, em SER ERRANTE na convivência corajosa de tornar sua fantasia uma realidade. Totem poético de nossos enfrentamentos e aflições, desventuras e VALENTES aventuras, errantes na luta contra os erros que violam nossa liberdade. Diante de coringas que assombram nossa sociedade, inimigos no poder, fantasmas de Gotham, Brasília e Belo Horizonte's Cities. “NOSSOS HERÓIS NÃO VÃO MORRER DE OVER­DOSE! Queremos essa IDEOLOGIA para viver”.

ALA 2 – MINHA LOUCURA VEM DE BERCO: POR UMA SOCIEDADE SEM SILENCIUS
ALA 3 – NÃO ME PRENDA EM SEUS TRILHOS QUE SOU PASSARINHO...
ALA 4 – MAIS SERVIÇOS PARA VOAR, MENOS GRADES PARA TRANCAR

ALA 5 – DOM QUIXOTE DE LOS ERRANTES

ALA 6 – VALENTES OCUPAM: MARCUS VINÍCIUS, PRESENTE!

A civilização representada por fuzis, colheitadeiras, motosserras, terno e paletó mais cedo ou mais tarde terá de mudar, afirma o jornalista Leonardo Sakamoto ao questionar os modelos de desenvolvimento e as formas de fazer política.
Nos últimos anos temos presenciado um fenômeno no campo político e social jamais visto: com a força de um tsunami, uma onda de manifestações e protestos invadiu o mundo. As ocupações, de praças, cidades, ruas, prédios, latifúndios, empresas, impuseram-se como a
mais desafiadora ação de repúdio à desigualdade econômica e crítica à pseudo democracia construída pelo capitalismo.
Aqui, no Brasil, as ocupações que aconteceram, seja as do Movimento Passe Livre ou as dos estudantes secundaristas de São Paulo, serviram, como um rastilho de pólvora, para a Ocupação Fora Valencius, na sala da coordenação nacional de saúde mental, no prédio do Ministério da Saúde, cuja pauta anuncia-se extremamente precisa: a defesa incondicional do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial.
A luta por garantir aos loucos, aos drogados, aos pobres, aos negros, aos indígenas, aos ciganos, aos homossexuais, direitos de cidadãos, encontra empecilhos não apenas nas questões econômicas, culturais e políticas, mas na falta de sensibilidade e delicadeza de homens e mulheres que insistem em dizer que existem pessoas de segunda classe, que a dignidade humana não é universal e não pertence a todos. Por isso, seremos sempre valentes, ocupando aqui, neste país, lugares onde possamos fazer soar as nossas vozes e demonstrar para os insensíveis ditadores da lógica da razão, que existimos e que não vamos nos curvar diante dos obstáculos a nós impostos.
“Um mapa do mundo que não inclua Utopia não merece ser olhado, já que deixa de fora o único país no qual a humanidade está sempre desembarcando”, escreveu Oscar Wilde.
Timoneiros desse interminável desembarque, algumas pessoas, grandes companheiros, merecem nossa lembrança e agradecimento. Ao guardião de nossos festejos na cidade, protegendo-nos com seu olhar atento e carinhoso desde nossas primeiras ocupações das ruas centrais de BH, com o desfile da Escola de Samba Liberdade Ainda que Tan Tan: Carlos Campos, Presente! Ao audaz desbravador de caminhos, construtor de idéias e práticas que fundaram uma nova psicologia no Brasil, artífice fundamental na construção de uma sociedade sem manicômios, você, Marcus Vinícius, que se fará sempre presente e que nos disse/ensinou uma certa vez: “Os homens são animais de rebanho. Não serei ovelha”. Marcus Vinícius, Presente!

COMISSÃO ORGANIZADORA DO 18 DE MAIO 2016 – ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO

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